sexta-feira, 22 de abril de 2011

Devemos continuar investindo em Energia Nuclear?

Uma semana após o Japão emitir o alerta de gravidade da crise nuclear para o nível máximo – antes utilizado somente no desastre de Chernobyl – a discussão sobre a viabilidade ou não de continuar investindo nesse tipo de energia continua em pauta no Brasil e no mundo.

Vale lembrar que aqui as duas usinas existentes, localizadas em Angra dos Reis (RJ), são responsáveis por 2,5% de toda a demanda energética nacional. A construção de Angra 3, já está em andamento e outras quatro devem ser erguidas até 2030.

O Greenpeace enviou uma carta para o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pedindo a suspensão do financiamento de R$6 bilhões para a construção da nova usina, alegando que o dinheiro que pertence aos brasileiros, está sendo utilizado numa obra que apresenta riscos à população.

Segundo a ONG, a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras, admite que o lixo radioativo produzido em vinte anos de operação atômica até hoje não tem um descarte seguro. Além disso, Angra 2 funciona sem autorização definitiva da Comissão Nacional de Energia Nuclear (autarquia ligada ao Ministério de Ciência e Tecnologia) e com um plano de evacuação falho, se considerado que as maiores ameaças são os deslizamentos de terra – cada vez mais constantes na região – que podem, inclusive, bloquear as estradas.

Por outro lado, o presidente da CNEN, Odair Gonçalves, afirmou à agência de notícias IPS que “temos [no Brasil] muito urânio e essa é uma riqueza muito grande que tem de ser explorada, porque dá uma independência inclusive tecnológica muito importante.

Há, ainda, ambientalistas favoráveis à manutenção das usinas atômicas, com o argumento de que estas não poluem como as termoelétricas, não inundam grandes áreas como as hidreléticas e a frequência com que ocorrem vazamentos é muito baixa.

De fato, é um assunto a ser debatido. O que você acha dessa fonte de energia?


5 comentários:

  1. Melhor ser nuclear do que hidrelétrica, que transborda rios e tira terra dos indios!

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  2. Caro leitor,

    Não seriam as duas energias prejudiciais? Ambas são nocivas à natureza e ao ser humano.

    Contudo, é interessante que questionemos: por que tanto interesse do governo em aumentar a oferta de energia? Seria para atender à população ou à demanda industrial e os interesses capitalistas?

    Obrigado

    Seja sempre bem-vindo!

    Blog Tome Um Partido!

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  3. Com tantas possibilidades para obtenção de energia hoje em dia, acho estranho a insistência na construção de novas usinas nucleares. Penso que a energia atômica é a mais nociva para a humanidade que outros tipos de energia.
    O desastre no Japão é o maior exemplo disso. Um dos países mais tecnologicamente desenvolvidos se encontrou num estágio de total fragilidade e evacuação nas áreas onde as usinas foram danificadas.
    A radiação deixará sua marca por gerações tanto nas pessoas como na natureza.
    Sou à favor do início de um debate internacional sobre o assunto, que as autoridades avaliem os riscos, se valem mesmo a pena obter energia à esse preço.

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  4. Foi citado que algumas outras fontes de energia, que não a nuclear, causam impacto ao meio ambiente e ao ser humano. A diferença, porém, entre o impacto causado pela energia nuclear e outras tantas (hidrelétricas, combustíveis fósseis, reações químicas...) é que nestes casos o impacto pode ser calculado com muito mais precisão. Em uma hidrelétrica, por exemplo, a área alagada é alagada propositadamente, enquanto que um vazamento de radiação nuclear acontece por motivos externos, por isso a energia nuclear torna-se tão destrutiva.

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  5. Caros Leitores,

    Agradecemos pelos comentários!

    Precisamos repensar nossas energias, mas quais?

    Seriam essas de impactos "calculáveis" uma solução?

    Obrigado

    Sejam sempre bem-vindos!
    TOME UM PARTIDO!

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